Apesar do avanço do conhecimento, o parto é ainda um mundo povoado de dúvidas, mistérios e medos. Para muitas mulheres, é um absoluto desconhecido. Desfaça alguns dos mitos mais comuns nos dias de hoje.
A EPIDURAL É A MELHOR AMIGA DA MULHER
A DOR DE PARTO É INTOLERÁVEL
Se há um medo universal associado ao parto é este. Muito porque o nascimento continua a estar ligado, na nossa cultura, à ideia de sofrimento. Mas a dor é uma sensação muito subjectiva. E a maneira como se lida com ela - aceitá-la ou tentar desesperadamente eliminá-la - é fulcral no desenrolar do trabalho de parto.
É importante perceber que, ao contrário das outras dores, a dor de parto não é um sinal de que algo está errado no nosso corpo. Por várias razões, é uma dor muito diferente de todas as outras. É gradual e intermitente, permitindo à mulher recuperar forças entre as contracções.
A sua intensidade depende não só de grávida para grávida, como das condições em que a mulher dá à luz: nível de relaxamento, privacidade, apoio de familiares e profissionais, posição de parto e ambiente que a rodeia. O medo da dor é o principal inimigo da mulher em trabalho de parto. Quando há medo, aumenta a tensão, que aumenta a dor.
O melhor plano para encarar a dor é senti-la como uma aliada no processo de fazer nascer o bebé. Acreditar que ela tem uma função fisiológica e tentar dar à luz num ambiente propício: sem imposições de terceiros, sem stress e sem intervenções desnecessárias. E confiar na Natureza. Se a dor de parto fosse realmente impossível de suportar, há muito que a Humanidade se tinha extinguido...
É importante perceber que, ao contrário das outras dores, a dor de parto não é um sinal de que algo está errado no nosso corpo. Por várias razões, é uma dor muito diferente de todas as outras. É gradual e intermitente, permitindo à mulher recuperar forças entre as contracções.
A sua intensidade depende não só de grávida para grávida, como das condições em que a mulher dá à luz: nível de relaxamento, privacidade, apoio de familiares e profissionais, posição de parto e ambiente que a rodeia. O medo da dor é o principal inimigo da mulher em trabalho de parto. Quando há medo, aumenta a tensão, que aumenta a dor.
O melhor plano para encarar a dor é senti-la como uma aliada no processo de fazer nascer o bebé. Acreditar que ela tem uma função fisiológica e tentar dar à luz num ambiente propício: sem imposições de terceiros, sem stress e sem intervenções desnecessárias. E confiar na Natureza. Se a dor de parto fosse realmente impossível de suportar, há muito que a Humanidade se tinha extinguido...
A EPIDURAL É A MELHOR AMIGA DA MULHER
A técnica anestésica mais comum durante o parto divide-se em analgesia epidural (destinada aos partos vaginais) e anestesia epidural (utilizada nas cesarianas). Ambas bloqueiam as sensações dolorosas nas zonas do abdómen e pélvica.
Consistem na introdução de um cateter na parte inferior das costas, entre os ossos das vértebras inferiores, por onde irão passar as substâncias medicamentosas que eliminam a dor. Se a utilização da técnica é consensual nas cesarianas, o mesmo não se pode dizer nos partos normais.
Nestes casos, a epidural não deve ser encarada como uma técnica livre de contra-indicações. Em primeiro lugar, porque comporta alguns riscos (por esse motivo, antes de se submeterem à analgesia, as mulheres têm de assinar um consentimento informado) e, em segundo, porque se trata de uma intervenção que pode tornar o período expulsivo mais difícil, aumentando a probabilidade de recurso ao fórceps para ajudar o bebé a nascer.
Apesar de eliminar a dor, a epidural, é preciso assumi-lo, limita o papel da mulher durante o parto: por estar anestesiada e relaxada, muitas vezes ela não sabe quando fazer força e necessita que a 'conduzam'.
Há mulheres que decidem submeter-se à analgesia epidural ainda antes do parto. Como podem saber se vão, de facto, necessitar da intervenção do anestesista?
A epidural deve ser estudada antes do nascimento - o efeito, as contra-indicações - mas ter a certeza de que sem ela não se passa, só no momento. Não é possível antecipar a intensidade da dor de parto nem o nível de resistência da grávida.
Consistem na introdução de um cateter na parte inferior das costas, entre os ossos das vértebras inferiores, por onde irão passar as substâncias medicamentosas que eliminam a dor. Se a utilização da técnica é consensual nas cesarianas, o mesmo não se pode dizer nos partos normais.
Nestes casos, a epidural não deve ser encarada como uma técnica livre de contra-indicações. Em primeiro lugar, porque comporta alguns riscos (por esse motivo, antes de se submeterem à analgesia, as mulheres têm de assinar um consentimento informado) e, em segundo, porque se trata de uma intervenção que pode tornar o período expulsivo mais difícil, aumentando a probabilidade de recurso ao fórceps para ajudar o bebé a nascer.
Apesar de eliminar a dor, a epidural, é preciso assumi-lo, limita o papel da mulher durante o parto: por estar anestesiada e relaxada, muitas vezes ela não sabe quando fazer força e necessita que a 'conduzam'.
Há mulheres que decidem submeter-se à analgesia epidural ainda antes do parto. Como podem saber se vão, de facto, necessitar da intervenção do anestesista?
A epidural deve ser estudada antes do nascimento - o efeito, as contra-indicações - mas ter a certeza de que sem ela não se passa, só no momento. Não é possível antecipar a intensidade da dor de parto nem o nível de resistência da grávida.
ATUALMENTE, A CESARIANA É UMA INTERVENÇÃO SEM RISCOS
Eis o mito maior. É certo que a cesariana é uma intervenção cada vez mais segura, mas isso não a torna isenta de riscos. A morbilidade e a mortalidade maternas associadas a esta forma de nascer - é preciso não esquecer que se trata de uma cirurgia! - são significativamente mais elevadas do que no parto vaginal. O risco de complicações infecciosas é cinco a 20 vezes maior.
A possibilidade de ocorrer uma hemorragia também é expressivamente mais alta: seis a oito vezes. Para os bebés, nos casos de cesarianas electivas antes das 39 semanas, há o risco de ocorrer uma situação de distress respiratório (insuficiência respiratória).
Para além destes riscos, há também a questão da recuperação pós-parto. No caso da cesariana, o restabelecimento é, inevitavelmente, mais difícil, longo e doloroso. O bisturi corta sete camadas de tecido, incluindo músculo abdominal.
Há indicações absolutas para realizar uma cesariana, como os casos de placenta prévia (quando a placenta cobre parcial ou completamente o orifício interno do colo uterino), e outras mais subjectivas, como a indicação de sofrimento fetal.
Seja qual for o cenário, a cesariana só deve ser efectuada em casos de comprovada necessidade. É essa a recomendação de todos os organismos internacionais que estudaram esta questão, como a Organização Mundial de Saúde e o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas.
O PARTO EM CASA É PERIGOSO
Em 1996, o conceituado British Medical Journal dedicou um número inteiro ao parto domiciliário, onde foram publicados vários estudos sobre esta temática. No editorial, um professor holandês escreveu que o parto em casa é uma opção segura para as gravidezes de baixo risco, desde que as mulheres tenham apoio especializado e infra-estruturas adequadas.
Essa é a realidade no Reino Unido. O sistema de saúde permite que a mulher dê à luz em casa, se essa for a sua opção. As parteiras estão organizadas de forma a dar assistência e apoio a estes casos e o Estado comparticipa.
Em Maio do ano passado, a então ministra da Saúde inglesa, Patricia Hewitt, veio mesmo dizer que é necessário desfazer o mito enraizado de que o hospital é o local mais seguro para ter um bebé. A responsável falou de uma estratégia de promoção do parto no domicílio, com o apoio do serviço nacional de saúde, no sentido de 'desmedicalizar' a gravidez e o parto.
Enquanto não se passa da intenção à prática, o parlamento inglês vai premiando anualmente os hospitais e centros de nascimento (pequenas unidades geridas por parteiras) que promovam o parto normal e o nascimento em casa.
A EPISIOTOMIA É OBRIGATÓRIA
Outro grande mito difícil de combater. A ideia de que é melhor 'cortar para não rasgar' instalou-se entre os obstetras e criou raízes.
A episiotomia - incisão no períneo (área muscular compreendida entre a vagina e o ânus) e na parede vaginal, que tem por objectivo abreviar o parto - é, hoje, um procedimento rotineiro em Obstetrícia e um dos poucos realizado sem qualquer consentimento da mulher.
Mas os estudos científicos que analisaram as vantagens e os inconvenientes da técnica mostram que não há razões para continuar a executar, indiscriminadamente, a incisão no períneo durante o parto. A Organização Mundial de Saúde contesta fortemente o uso sistemático desta técnica e apela à selectividade dos critérios. Apenas deverá ser usada em casos de iminente rompimento do períneo.
Os riscos associados ao uso rotineiro da episiotomia são significativos e devem ser tidos em conta tanto pelos médicos como pelas grávidas. Ao contrário do que se pensa, o corte não previne as lesões do períneo. Pelo contrário, existe evidência de que poderá provocá-las. Outro dado: recuperar de uma episiotomia não é fácil - trata-se de um corte completo dos tecidos -, quem passou por isso sabe.
NÃO DILATA: TEM DE SER CESARIANA
Tecnicamente, não existe falta de dilatação. Existem sim tempos diferentes de dilatação e contextos de parto distintos. Cada mulher é um caso. Por vezes, pode ocorrer uma paragem da dilatação.
Provavelmente devido às muitas interferências a que as grávidas em trabalho de parto estão sujeitas nos hospitais: ambiente ruidoso, clima de tensão, excesso de pessoas na sala de partos, sucessivos exames vaginais.
O medo do parto também pode interferir na progressão da dilatação. A grávida começa a sentir-se tensa e não consegue descontrair. A falta de relaxamento é um dos maiores entraves à progressão da dilatação.
Se a situação persistir, apesar de a grávida estar a sentir contracções, pode ser necessário intervir cirurgicamente (o trabalho de parto estacionário é uma das principais causas de cesariana).
Mas o importante é prevenir este desfecho: para que a dilatação evolua normalmente, a mulher em trabalho de parto não deve ser perturbada e o ambiente que a rodeia deve ser de calma e serenidade. Evitar chegar cedo demais à maternidade - não é preciso ir a correr ir para o hospital assim que a bolsa de águas rebenta - é uma forma de acautelar essas interferências negativas.
Provavelmente devido às muitas interferências a que as grávidas em trabalho de parto estão sujeitas nos hospitais: ambiente ruidoso, clima de tensão, excesso de pessoas na sala de partos, sucessivos exames vaginais.
O medo do parto também pode interferir na progressão da dilatação. A grávida começa a sentir-se tensa e não consegue descontrair. A falta de relaxamento é um dos maiores entraves à progressão da dilatação.
Se a situação persistir, apesar de a grávida estar a sentir contracções, pode ser necessário intervir cirurgicamente (o trabalho de parto estacionário é uma das principais causas de cesariana).
Mas o importante é prevenir este desfecho: para que a dilatação evolua normalmente, a mulher em trabalho de parto não deve ser perturbada e o ambiente que a rodeia deve ser de calma e serenidade. Evitar chegar cedo demais à maternidade - não é preciso ir a correr ir para o hospital assim que a bolsa de águas rebenta - é uma forma de acautelar essas interferências negativas.
Fonte: Blog da Aline Amorim http://www.paisefilhos.pt/index.php/gravidez/parto-menu-gravidez-68/163-parto-medos-a-mitos?showall=1
3 comments:
Oi amiga! Como estas ? Ótimo post e nem ganhei créditos! Snif =/
Amiga me perdoa! Acabou saindo o link oficial e nem me toquei. Mas pode deixar que vou te dar o crédito sim! Amo o seu blog!!! Em falar nisso, faz um selinho pra eu colocar aqui no blog! Beijos!
Sem problemas!
Não sei fazer selinho. uhauahauhauh
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