10 Dicas para Evitar uma Cesariana Desnecessária

O que você pode fazer para reduzir suas chances de uma cesárea desnecessária? 

Aqui estão 10 áreas onde você pode ser proativa e ajudar a seu favor.

1) Escolha seu cuidado médico sabiamente.
Este ponto é o número um por uma razão - É fundamental. Na maioria das práticas, você poderia ter qualquer um dos vários médicos ou parteiras. Pergunte ao seu médico logo no começo qual é a sua prática com relação a partos normais e cesarianas.  Os rótulos "obstetra" e "parteira" não querem necessariamente dizer o que você precisa saber sobre a filosofia do seu cuidado médico. Alguns médicos praticam mais como parteiras, e alguns parteiras praticam mais como um médico estereotipadas. Se você não tiver certeza de qual médico ou parteira você deve escolher, pergunte a uma doula. Doulas vêem todos os tipos de partos, com muitas práticas diferentes, e elas podem te dar uma boa recomendação. Se você descobrir que seu obstetra não é favorável a um parto normal e natural, nunca é tarde demais para mudar, mesmo se você estiver apenas algumas semanas ou mesmo dias antes do bebê nascer.

2) Contrate um doula.
Doulas fazem do nascimento uma experiência muito melhor para os pais e para o bebê. Estudos mostram que as mulheres que usam uma doula tem 26 por cento menos probabilidade de ter uma cesariana, entre outros dramáticos benefícios . Tendo o apoio contínuo de uma amiga membro da família também pode ser muito útil, mas os melhores resultados vêm quando as mulheres contratar um doula. Mas por que ter uma doula torna o nascimento do seu bebê tão especial? A combinação única de apoio físico, emocional e informativo, além da gentil defesa faz uma diferença enorme. Doulas ajudam as mulheres a se sentir seguras e confortáveis para que os hormônios no trabalho de parto possam trabalhar em níveis ideais, idéias e truques de posicionamento podem ajudar os bebês a saírem mas facilmente, a informação baseada em evidências e ajuda na comunicação com a equipe médica, ajudam as mulheres a ter uma melhor chance de ter um parto normal dentro de um sistema que não promove o parto natural.

3) Faça uma classe independente sobre parto natural.
Não é tanto que você precisa saber sobre o parto, mas a necessidade de desfazer o que a sociedade nos ensinou sobre o nascimento. Classes independentes são geralmente mais longas e mais profundas, com mais interação e menos aulas. Uma boa instrutora/educadora perinatal pode te ajudar a aumentar a sua confiança em seu corpo e ajudá-la a confiar mais no processo de um parto normal. Uma instrutora com certificação Lamaze baseia suas classes nas seis Práticas de um nascimento saudável do Lamaze , um recurso maravilhoso que estabelece as bases para o melhor parto possível. Outro benefício de uma classe independente é que a instrutora trabalha para você. Ela pode ensiná-la a se defender do sistema, sem ter que se preocupar com o que os médicos, ou qualquer outra pessoa possam pensar.

4) Evite a indução, a menos que haja um problema médico muito sério.
Como uma mãe de primeira viagem, alguns estudos mostram que simplesmente por ter uma indução no parto DOBRA o seu risco de uma cesariana desnecessária. Mas se você deve ser induzida por uma boa razão médica, chame sua instrutora perinatal e/ou sua doula para ajudá-la com dicas para manter o nascimento do seu bebê o mais normal e natural possível, mesmo com as circunstâncias inesperadas. Se a mãe e o bebê não estão em perigo imediato, lentas induções podem resultar em uma melhor chance de um parto vaginal, mas você vai precisar de um grande apoio durante a jornada.

5) Se você escolher ter o seu bebê no hospital, fique em casa pelo menos até o trabalho estar forte e ativo.
Não há necessidade nenhuma de correr para o hospital na primeira contração, isso pode até fazer com que o seu trabalho de parto seja inibido e as contrações cessem. Sua instrutora perinatal ou doula irão te ensinar a reconhecer quando as suas contrações são realmente activas. Se você seguir a recomendação comum dos hospitais de "entrar quando as contrações ocorrem em um intervalo  de cinco minutos, pelo menos com um minuto de duração, por pelo menos uma hora", para a maioria das mulheres tendo seu primeiro bebê , ainda será muito cedo no trabalho de parto. A intensidade das contrações é um guia muito melhor do que o cronômetro. Quanto mais horas você ficar no hospital antes de o bebê nascer, maior será o risco de uma intervenção e de uma cesariana desnecessária.

6) Evite a anestesia peridural, pelo menos no início do trabalho. Pesquisas mostram que epidurais, especialmente quando as mulheres optam por ela no início do trabalho de parto, fazem aumentar a taxa de cesarianas em mães de primeira viagem. Tente obter mais informações sobre os benefícios e riscos da anestesia epidural. Há momentos raros, é claro, quando tomar uma epidural pode realmente ajudar uma mulher em seu parto vaginal, se ela simplesmente não tem a força para seguir em frente. Cada trabalho de parto é diferente. Uma epidural também torna mais difícil para um bebê em uma posição ruim à se mover melhor, limita a sua capacidade de se mover, e requer um monte de outras intervenções (IV, monitoramento contínuo, sonda vesical, etc.) Sua doula e sua instrutora perinatal  podem te dar as ferramentas naturais suficientes para que você não precise sequer de medicamentos.

7) Leia apenas os melhores livros sobre gravidez e parto.
Há muita porcaria por ai. Procure saber quais são os melhores livros sobre o assunto e os leia de capa a capa! Existem muitos livros cheios de informações importantes disponíveis no mercado, você só perecerá por falta de informação se quiser!

8) Traga o seu parceiro a bordo!
É difícil ter um bebê sozinha, você precisa de apoio! Mesmo com as melhores doulas, o seu parceiro ainda é uma parte integral dessa sua jornada. Compartilhe o máximo de informações com ele e certifique-se de seu parceiro assista as  classes de educação para o parto com você - ter o seu parceiro ao lado te beneficia tanto quanto estar bem informada e ter o apoio de uma boa doula. Você não precisa e nem deve se sentir sozinha nessa caminhada!

9) Considere um nascimento fora do hospital. Sim, isso é possível! Com o apoio certo. Mesmo um parto vaginal sem medicação para a dor. Eu tive! E foi a melhor escolha que eu fiz. Mas se é no hospital que você se senti mais segura e confortável, a escolha é sua. Pesquisas recentes esclarecem que suas chances de ter um parto vaginal é melhor fora do hospital: em casa ou em um centro de nascimento (birth center). Em 2005, o British Medical Journal publicou um amplo estudo que analisou os partos em casa nos Estados Unidos com a presença de parteiras profissionais certificadas. As mulheres que deram à luz em casa tiveram resultados semelhantes aos de baixo risco as mulheres que tiveram partos hospitalares em termos de segurança para as mamães e bebês. Somente 3,7 por cento das mulheres que tiveram seus bebês em casa foram transferidas para o hospital para fazer uma cesariana, enquanto 19 por cento das mulheres com gravidez de baixo risco que tiveram seus bebês no hospital, acabaram tendo que fazer cesárias. A atual taxa de cesarianas nos Estados Unidos é 32,9 porcento, enquanto a taxa de cesárias no Brasil é de 90%! Brasil é o país número 1 em cesárias no mundo!

10) Acredite em seu corpo!
Muitos países industrializados em todo o mundo têm taxas de cesariana de 15 por cento ou menos. Mulheres têm feito isso há milhões de anos! Seu corpo foi criado para isso. Cerque-se com suporte especializado, é claro, no caso de você encontrar quaisquer complicações raras e inesperadas. Mas realmente... confie no seu corpo! Ele sabe melhor do que você o que fazer para dar a luz a um bebê.